segunda-feira, 4 de abril de 2011

PERSEGUIÇÃO

“Mas eu confiei em ti, Senhor; e disse: Tu és o meu Deus.” (Sl 31.14)

Há uma profunda angústia em nós quando somos perseguidos. Quem nunca foi caluniado, pressionado ou injustiçado pelos seus companheiros de trabalho, familiares e outros? Quem ainda não experimentou a exposição leviana, a ridicularização e o ódio de outras pessoas? Quantas vezes fomos perseguidos sem ao menos saber as razões? Percebemos olhares de desprezo e inveja. Sentimos na pele o significado da palavra inimizade.
Geralmente, nestas ocasiões, o coração murcha e a alma se cansa, a vontade se ausenta e surge uma firme resolução de deixar aquele ambiente. Afinal, buscamos relacionamentos e pessoas que cultivam o respeito, a dignidade e o companheirismo.
A experiência de Davi é muito parecida com a realidade de nossas vidas. Perseguido, o salmista encontra em Deus seu único aliado. Corajosamente, ele lança sobre o Senhor seus problemas, seus inimigos e suas esperanças. Livramento, proteção e justiça são as palavras que embalam sua oração. Davi sabia que em Deus ele poderia confiar.
Em tempos tão difíceis somos convocados pela Palavra do Senhor a acreditar nEle e confiar ao seu controle tudo o que passamos.
Certamente, Ele não se esqueceu de nós, “porque o Senhor guarda os fiéis e retribui com abundância aos soberbos.” (Sl 31.23).

sexta-feira, 1 de abril de 2011

É tempo de dar um tempo e ver qual é o tempo.

Tempo para tudo...

Quando me propus a editar este blog, de imediato um desejo veio ao meu coração; Estava com o firme propósito de publicar um novo texto a cada dia. No início foi tudo como o programado, mas logo depois – na verdade hoje ao pensar em o que escrever – me deparei com o fato de que vários dias já haviam se passado e meu propósito inicial já estava frustrado.
Curiosamente esse fato me fez pensar, e é com base nele mesmo que resolvi escrever esse texto.
O primeiro aspecto que me fez pensar foi o “tempo”, pois foi ele que me condenou como um descumpridor de meu próprio propósito. Irremediavelmente o tempo pode se configurar como um vilão em nossas vidas, já que é ele quem estabelece muitas vezes nossos dias, pois a ele devotamos nossas expectativas e nossos desejos. Hoje farei isso, na próxima semana farei aquilo e, se tudo der certo, no próximo ano estarei...
Como nos prendemos ao tempo, como nos vinculamos a ele em nosso cotidiano, mas é incrível como assim fazemos de forma mecânica, sem analisarmos mais atenciosamente as implicações que tais condutas geram.
Na verdade o grande problema não é o tempo em si (mesmo por que é inevitável), o grande problema está na incompreensão de seu real sentido.
Inevitavelmente um texto bíblico vem à memória quando se fala do tema tempo. É o Livro do Eclesiastes escrito pelo Rei Salomão. Embora Salomão aborde essencialmente os temas trabalho e sabedoria, ele dá um destaque especial à questão do tempo (Capítulo 3, primeira parte).
A síntese de Salomão quanto ao tempo vem descrita no primeiro versículo do capítulo citado, onde Salomão afirma que “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:...”. É preciso que tal conceito seja entendido e, além disso, seja vivido. O entendimento e a vivência prática desse entendimento geram no coração humano um conforto indescritível, pois haverá a compreensão de que um “tempo” será procedido de outro “tempo” e que não adianta ignorar um “tempo” ou mesmo adiar um “tempo”, já que todos estão inevitavelmente nas mãos de Deus (Sl 31.15).
Assim o tempo será um aliado e não um vilão.
Seja ao constatar um propósito frustrado, seja ao ansiar um sonho futuro, o tempo não mais interferirá na forma como veremos o concluir dos propósitos de Deus para nossas vidas e, mais do que isso, o cotidiano será marcado pelo entendimento de que há tempo para cada coisa, o que nos impulsionará tanto para chorar quanto para sorrir, tanto para abraçar quanto para afastar-se de abraçar... pois haverá o entendimento de que Deus está no controle.
Podemos concluir que é tempo da dar um tempo e entender o tempo em que estamos vivendo, pois muito mais do que um aparente jogo de palavras, essa proposta nos faz analisar se nossas condutas estão sendo compatíveis com o tempo em que estamos vivendo, não deixando de considerar que carecemos de Deus para a real compreensão aqui proposta.
Por fim, vale lembrar o conselho repetido de Salomão em Eclesiastes no sentido de aproveitar o tempo vivido ao máximo, (Ec. 2.24-26; 3.12,22; 5.18-20; e 8.15), lembrando também de fazer tudo de vier à mão para fazermos conforme nossas forças, nunca menos, dando sempre o máximo no trabalho e nas diversas atividades. Contudo, nunca mais do que nossas forças ao ponto de não vivermos o essencial, pois se assim não for, estaremos correndo atrás do vento.

Conclui que não é tempo de escrever um texto por dia. (risos)